1.Examinar meticulosamente todos os rolamentos quanto à folgas, defeitos nas pistas, etc. 2. Examinar o estado dos componentes do sincronizado. 3. Examinar os flancos dos dentes de todas as engrenagens quanto à fissuras superficiais e desgaste. 4. Examinar os retentores quanto ao seu estado e a seu pressão sobre os eixos, examinar as buchas de bronze da alavanca seletora. 5. Examinar os garfos e as capas do sincronizado quanto ao desgaste. 6. Examinar o sistema completo da roda livre quanto ao desgaste das pistas interna e externa dos roletes, verificar também a pressão das molas dos roletes.
CÁLCULO DAS FOLGAS DE TRANSMISSÃO 1) CÁLCULO DO ALINHAMENTO

A+B+C = 122,50mm a) A medida "A" varia de 63 a 68 mm, de 0,05 em 0,05 mm. É a medida que vem gravada na cabeça do pinhão. b) A medida "B" é a distância da pista interna do rolamento até a face do pinhão, obtida por meio de um paquímetro de profundidade, sobre um desempeno. c) A medida "C" é a espessura do calço que calculamos para obter o alinhamento. Tabela de calços disponíveis: 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 1,0 mm d) Exemplo de cálculo espessura do calço "C" : 1. A medida "A" vem gravada na cabeça do pinhão, por exemplo 64,10. 2. A medida "B" medimos com o paquímetro e obtivemos 55,30. 3. A soma "A" + "B" = 64,110 + 55,30 = 119,40 4. Como A + B + C = 122,50 ( constante ), teremos C = 122,50 - soma de A + B logo C = 122,50 - 119,40 = 3,10 mm OUTRO EXEMPLO: 1. "A" gravado 65,75 2. "B" medido 54,20 3. Soma "A" + "B" = 65,75 + 54,20 = 119,95 4. C = 122,50 - 119,95 = 2,55 mm Observação: Admite-se uma tolerância de + ou - 0,05 mm, por exemplo: + 0,05 = 2,60 Base 2,55 - 0,05 = 2,50 Com qualquer um dos calços ( 2,50 ou 2,60 ) este câmbio funcionará bem.
2) VERIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE DO PINHÃO NA COROA É a medida "A", gravada na cabeça do pinhão, esta medida é conferida com as tampas falsas, disco milimetrado, eixo, agulha de referência e rolamento falso. Se a profundidade não coincidir com aquela gravada na cabeça do pinhão, então ajusta-se com os espaçadores da tabela seguinte: 0,1 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 mm
3) REGULAGEM DA RODA LIVRE Para um perfeito funcionamento da roda livre, esta deve ser regulada a fim de que a manga de engrenamento se encontre afastada de 4mm da capa da roda livre, com a alavanca toda puxada ( encostada no batente ).
4) VERIFICAÇÃO DA FOLGA AXIAL DO EIXO PRINCIPAL: Por meio do paquímetro de profundidade e uma régua de apoio, mede-se a folga axial, que deve ser de 1,0 a 1,5mm. Para eventuais correções, dispomos de três tipos de espaçadores: 2,0 2,2 2,4 mm
5) VERIFICAÇÃO DA FOLGA ENTRE OS DENTES DE COROA E PINHÃO: Deve-se montar juntas novas, antes de colocar as tampas falsas! Usar as tampas falsas, suporte, micrômetro e presilha. A folga deve estar entre 0,12 e 0,18mm, conseguida por meio das borboletas existentes nas tampas. Para evitar-se ruídos na transmissão, esta verificação deve ser feita em 4 pontos diferentes da coroa.
6) CÁLCULO DA ESPESSURA DOS CALÇOS DA TAMPA MAIOR DO DIFERENCIAL: Lembrar sempre que a tampa maior tem os calços menores e a tampa menor tem os maiores! a) No bloco mede-se a distância da ferramenta no cubo da coroa. b) Desconta-se a espessura da ferramenta, obtendo-se o primeiro resultado. c) Na tampa mede-se a distância da ferramenta ( tipo ponte ) ao encosto do rolamento. d) Desconta-se a espessura da ferramenta, do rolamento e da flange do planetário. EXEMPLO: a) Da ferramenta ao cubo da coroa 14,60 b) Espessura da ferramenta 14,00 ( - ) 00,60 mm c) Da ferramenta ao encosto do rolamento 64,10 d) Espessura da ferramenta 40,00 " do rolamento 20,00 ( - ) " da flange do planetário 4,00 00,10mm Então, como faltam 0,60mm no bloco e 0,10mm na tampa, teremos que somar estas duas medidas e então obteremos a espessura final (0,70 mm) do espaçador correto para o caso. Observar sempre que o espaçador da tampa maior é colocado entre a flange do planetário e o rolamento!
7) CÁLCULO DA ESPESSURA DOS CALÇOS DA TAMPA MENOR DO DIFERENCIAL: Procede-se analogamente ao caso anterior. a) No bloco mede-se da ferramenta ao cubo da coroa. b) Desconta-se a espessura da ferramenta. c) Desconta-se a espessura do rolamento. d) Desconta-se a espessura da flange do planetário. EXEMPLO: a) Da ferramenta a coroa 37,30 b) Espessura da ferramenta 12,00 ( - ) c) " do rolamento 20,00 ( - ) d) " da flange 4,00 ( - ) 01,30 mm Observar sempre que o espaçador da tampa menor é colocado entre a tampa e o rolamento. Lembrar ainda, que a tampa menor é lisa e portanto não é necessário fazer medições nela.
8) CÁLCULO DA ESPESSURA DOS CALÇOS DA TAMPA TRASEIRA DO CÂMBIO Também aqui monta-se uma junta nova antes de proceder-se às medições! a) Profundidade da tampa ( até o encosto do rolamento ). b) Desconta-se a distância que o rolamento está saliente da carcaça ( mede-se sobre a junta ). c) Acrescenta-se um aperto convencional até 0,10mm. EXEMPLO: a) Profundidade da tampa 7,80 b) Saliência do rolamento 6,40 ( -) 1,40 c) Aperto convencional 0,10 ( + ) 1,50 mm OBSERVAÇÃO: Na caixa de mudanças com a 1o não sincronizada, isto é, o câmbio antigo ( passeio e perua ), medida "A" varia de 63 a 66 mm de 0,5 em 0,55 mm. A SOMA A + B + C = 124,00 mm Os espaçadores correspondentes são: 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 mm Para este câmbio admite-se um tolerância no cálculo de + ou - 0,10mm. EXEMPLO: a) "A" gravado 64,20 b) "B" medido 55,30 ( + ) c) A soma dá 119,50 d) 124,00 - 119,50 = 4,50 mm Como a tolerância prevista é de + ou - 0,10 mm, poderemos usar tanto o calço de 4,40 mm como o de 4,60 mm.
CÁLCULO DAS FOLGAS DE TRANSMISSÃO 1. Cálculo do alinhamento: No Candango temos A + B + C = 130,00mm A medida "A" varia de 65 a 68 de 0,05 em 0,05mm. Lembrar sempre que há um calço constante de 6mm, que deverá ser colocado por último. Os calços para a medida "C" do Candango são iguais aos do câmbio com 1o não sincronizada. EXEMPLO: a) Medida "A" gravada NA COROA, por exemplo 65,50 b) Medimos "B", por exemplo 54,00 c) A + B = 119,50 d) 130,00 - 119,50 = 10,50mm Como temos o calço constante de 6mm restam apenas 4,50mm de calço. Devido a tolerância de + ou - 0,10mm poderemos usar, indistintamente, os calços de 4,40 ou 4,60mm. 2 - PROFUNDIDADE DO PINHÃO NA COROA: Análogo ao caso do câmbio com 1o sincronizada. 3. No lugar da roda livre temos o conjunto de reduzida. 4. Folga axial do eixo principal: análogo à caixa com 1o sincronizada. 5. Folga entre os dentes da coroa e pinhão: análogo. 6. Tampa maior: a) verifica-se a altura da ferramenta. b) mede-se da ferramenta ao cubo da coroa. c) na tampa mede-se a profundidade da ferramenta ao encosto do rolamento. d) desconta-se a altura da ferramenta. e) desconta-se a espessura do rolamento. f) do resultado de ( c - d - e ) subtrai-se o resultado da ( a - b ) Exemplo: a = 47,95 c = 70,80 30,80 10,80 b = 38,45 ( - ) d = 40,00 ( - ) e = 20,00 ( - ) 9,50 ( - ) 9,50 30,80 10,80 1,30mm Observação: nos câmbios que não tenham o rolamento blindado, tem que descontar-se a espessura do defletor de óleo, isto é 0,4mm. 7. Tampa menor: a) mede-se da ferramenta ao cubo da coroa. b) desconta-se a ferramenta. c) acrescenta-se a profundidade da tampa. d) desconta-se o rolamento Exemplo: a = 38,60 14,60 20,90 b = 24,00 ( - ) c = 6,30 + 20,00 ( - ) 14,60 20,90 0,90mm Observação: Também aqui temos que descontar os 0,4mm de espessura do defletor de óleo, caso o rolamento não seja blindado. 8. Tampa traseira - análogo. 9. Folga axial do planetário: deve ser de 0,3 a 0,6mm.
DIFERENCIAL TRASEIRO DO CANDANGO 4 1. Tem tudo igual ao diferencial dianteiro, apenas não se faz o cálculo do A + B + C, porque não há engrenagem para alinhar! 2. Tomar cuidado com o tubo espaçador do pinhão, para que ele não fique folgado! Temos 5 medidas. 75,30 75,45 75,60 75,70 75,20 mm. 3. cálculo da tampa traseira. a) mede-se a profundidade da tampa. b) acrescenta-se a profundidade da capa do rolamento. c) desconta-se a altura de capa à carcaça. d) acrescenta-se um aperto correspondente de 0,10mm. Exemplo: a = 6,60 7,80 2,10 b = 1,20 + c = 5,70 ( - ) 0,10 + 7,80 2,10 2,20mm
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